O DN fez um levantamento para quantificar os prejuízos causados à população por causa das principais greves no serviço público em Natal e no Rio Grande do Norte.
Polícia Civil
Total: 1.387 agentes
Polícia Civil
Total: 1.387 agentes
Onde eles atuam: nas delegacias de polícia de todo o Estado, serviços de investigação e inteligência, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), quadros administrativos e Secretaria de Segurança Pública (Sesed)
Serviço emergencial: só está sendo feito o que é inadiável, como lavraturas de flagrantes delitos
Principal serviço prejudicado: Boletins de Ocorrência (B.O's). "Em delegacias maiores, como as 1ª DP de Natal e e a de Parnamirim, se faziam em média 100 a 120 B.O's por dia. Hoje, nenhum é feito", diz Francisco José Souza Alves, diretor do Sinpol.
Detran
Total: 260 servidores estaduais (160 apenas em Natal)
Onde eles atuam: no registro de novos condutores, automóveis novos e usados, mudança de proprietários, emplacamento, multas de trânsito
Serviço emergencial: 440 pessoas continuam trabalhando nos Detrans, mas apenas em serviços complementares. São 80 funcionários com cargos comissionados, prestadores de serviços terceirizados, bolsistas e estagiários
Principal serviço prejudicado: emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). "Hoje apenas 40 processos de registro são abertos diariamente, quando a média normal é 300", afirmou Santino Arruda, do Sinai.
Junta Comercial
Total: 30 servidores estaduais
Onde eles atuam: abertura, alterações de nome, extinção e reativação de empresas. Atuam tanto junto ao comércio quanto da indústria
Serviço emergencial: nenhum
Principal serviço prejudicado: constituição das empresas. No primeiro trimestre do ano, 2.566 empresas foram alteradas e 504 extintas.
Professores
Total: 14 mil educadores
Onde eles atuam: nas 736 escolas da rede estadual, tanto em sala de aula quanto em salas de multimeios, de leitura, laboratórios de informática, física, química e biologia
Serviço emergencial: aulas continuam sendo ministradas para 40 mil estudantes por professorescontratados ou estagiários, que não pertencem ao quadro efetivo
Principal serviço prejudicado: aulas. Hoje, 270 mil alunos estão sem frequentar a escola no Rio Grande do Norte. "Considero mais grave o caso dos estudantes do 3º ano do Ensino Médio, que se preparam para exames como ENEM e vestibular. Mesmo com a greve, o déficit de professores é grande. Este é mais um componente de falta de respeito do governo com a educação", afirma Fátima Cardoso, do Sinte.
Fundação José Augusto
Total: 600
Onde eles atuam: Casas de Cultura, grupos artísticos, Pinacoteca do Estado, teatros Alberto Maranhão e Teatro de Cultura Popular, Biblioteca Câmara Cascudo, Cidade da Criança, museus, entre outros
Serviço emergencial: 30% dos serviços administrativos
Principal serviço prejudicado: visitação ao Forte dos Reis Magos, por onde passam 2 mil turistas diariamente. "O Forte ficará fechado, assim como o TAM, que recebe 600 pessoas por evento, a Biblioteca Câmara Cascudo e a Pinacoteca do Estado", destacou Alberto Araújo, da FJA.Idema
Total: 200
Onde eles atuam: no licenciamento ambiental de obras, fiscalização e atendimento ao público
Serviço emergencial: 30% dos serviços (especialmente na emissão das licenças)
Principal serviço prejudicado: fiscalização ambiental, possibilitando o surgimento de crimes relacionados ao meio ambiente. "Vamos respeitar a lei de greve. Não é justo prejudicar quem quer fazer sua obra, por exemplo. Nossa greve será ordeira e pacífica, sem baderna", anunciou José Campero, técnico do Idema.
FONTE: PORTAL MGR